No arquipélago dos Açores, a prática da apicultura remonta ao início do século XVI.
Esta atividade aparece nos primórdios do povoamento, quer como produção económica artesanal de mel e cera, quer como apoio a certas enfermidades ou doenças, uma vez que o mel começou, desde muito cedo, a ser usado como medicamento na medicina popular.
Na freguesia de Furnas, esta atividade não fugiu à regra. Segundo fontes históricas, a apicultura nesta localidade remonta ao seu povoamento, sendo iniciada por um grupo de religiosos que ali se fixaram por volta do ano 1615, mais concretamente, no lugar da banda da Alegria. Embora nunca se tenha revelado uma atividade económica dominante, a apicultura tem no entanto uma tradição e raiz histórica que continua até aos nossos dias.

MEL E FLORA DAS FURNAS

O mel é uma mistura muito variável de inúmeras substâncias. A sua composição depende da permutação das espécies florais de onde o néctar foi recolhido e a mesma espécie de flor pode variar na produção, conforme o solo e o clima em que a planta se encontra.
O mel não apenas supre calorias mas também vitaminas e sais, verdadeiros medicamentos que tonificam e vitalizam o cérebro, os nervos, os músculos e os ossos.

Segundo a medicina natural, o mel é:

o Anti- séptico (destrói os germes patogénicos, prevenindo ou combatendo a infecção)
o Antioxidante (evita ou atrasa a oxidação, em especial os efeitos nocivos no organismo pelos radicais livres)
o Antirreumático
o Diurético
o Digestivo
o Expetorante
o Calmante

O mel que possuímos é multiflora, ou seja, de várias plantas, nomeadamente de incensos, trevo, cedros, criptomérias, acácias, camélias, eucalipto entre muitas outras plantas esóticas oriundas de todo mundo.